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Gás natural alcança carvão entre produtos mais exportados

9 de junho de 2025

Moçambique vendeu 1.967 milhões de dólares de gás natural em 2024, mais 14% num ano, praticamente alcançando o carvão no topo das exportações. Já o carvão mineral caiu em 2024 para 2.006 milhões de dólares.

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"O crescimento das receitas do gás natural é associado ao aumento da exportação do gás da Área 4 da Bacia do Rovuma", refere relatórioFoto: ENI East

Moçambique vendeu 1.967 milhões de dólares (1.725 milhões de euros) de gás natural em 2024, mais 14% num ano, praticamente alcançando o carvão no topo das exportações, indicam dados do banco central.

“O crescimento das receitas do gás natural é associado ao aumento da exportação do gás da Área 4 da Bacia do Rovuma, num contexto em que o preço médio no mercado internacional baixou 15%”, refere o relatório da balança de pagamentos de 2024, divulgado pelo Banco de Moçambique.

Já o carvão mineral, historicamente o produto mais exportado por Moçambique, caiu em 2024 para 2.006 milhões de dólares (1.759 milhões de euros).

“A queda de cerca de 10% decorre da redução da qualidade, devido à não conclusão do projeto de reestruturação da fábrica [em Tete], com o agravante do preço no mercado internacional ter registado um decréscimo de 19,0%”, aponta o documento.

Globalmente, as exportações moçambicanas em 2024 recuaram 0,8%, face ao ano anterior, para 8.211 milhões de dólares (7.202 milhões de euros), enquanto as importações caíram 8,8%, para 8.375 milhões de dólares (7.346 milhões de euros).

Um estudo da consultora Deloitte concluiu em 2024 que as reservas de Gás Natural Liquefeito (GNL) de Moçambique, representam receitas potenciais de 100 mil milhões de dólares (87,7 mil milhões de euros), destacando a importância internacional do país na transição energética.

Moçambique tem três megaprojetos de desenvolvimento aprovados para exploração das reservas de GNL da bacia do Rovuma, classificadas entre as maiores do mundo, ao largo da costa de Cabo Delgado, incluindo um da TotalEnergies, ainda suspenso devido a questões de segurança, e outro da ExxonMobil, que aguarda decisão final de investimento, ambos na península de Afungi.

O único em produção, desde meados de 2022, é o operado pela Eni, concessionária da Área 4 do Rovuma, que entretanto avançou para uma segunda plataforma flutuante, cópia da primeira (Coral Sul) e designada Coral Norte, para aumentar a extração de gás.

Moçambique prevê arrecadar 23 mil milhões de dólares (20,1 mil milhões de euros), em 30 anos, com o projeto Coral Norte, a segunda plataforma da petrolífera Eni para produção GNL na bacia do Rovuma, segundo o Governo.

“De acordo com o plano de desenvolvimento aprovado ao longo dos próximos 25 anos, portanto 30 anos que são parte deles para a construção e montagem deste sistema, cuja implementação durará 25 anos, (…) o Governo arrecadará 23 mil milhões de dólares em receitas, impostos e outras contribuições”, afirmou em 11 de abril o porta-voz do Governo, Inocêncio Impissa.

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Lusa Agência de notícias
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