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FRELIMO: Protestos são "tentativa de subversão" democrática

28 de fevereiro de 2025

A Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), partido no poder, considerou hoje as manifestações pós-eleitorais uma tentativa de "subversão da ordem democrática", pedindo o fim das vandalizações das suas sedes.

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Daniel Chapo, Presidente de Moçambique
Foto: DW

A Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), partido no poder, considerou hoje as manifestações pós-eleitorais uma tentativa de "subversão da ordem democrática", pedindo o fim das vandalizações das suas sedes.

"A Comissão Política considera que os atos de vandalismo que continuam a verificar-se em determinados pontos do país, afetando bens públicos e privados, são uma tentativa de subversão da ordem democrática com consequências que põem em causa a estabilidade económica e social", declarou a porta-voz da FRELIMO, Ludmila Maguni, no fim de uma sessão da Comissão Política do partido.

Em conferência de imprensa, a responsável disse que a Comissão Política da FRELIMO pediu fim às destruições e vandalizações no país face aos protestos em curso que, para além de contestação de resultados eleitorais, passaram a incluir, entre outras preocupações, apelos à redução do custo de vida.

"A Comissão Política repudia os atos de vandalismo perpetrados contra as sedes da FRELIMO, caracterizados pela queima dos seus bens e ameaças à integridade física dos seus membros e reitera que irá continuar a trabalhar junto das autoridades competentes para responsabilizar os indivíduos que praticam esses crimes", declarou a porta-voz do partido.

Maputo, capital de Moçambique
Moçambique vive desde outubro um clima de forte agitação socialFoto: ALFREDO ZUNIGA/AFP

FRELIMO convoca Comité Central 

A Comissão Política decidiu ainda nesta reunião convocar para 03 a 06 de abril a IV sessão ordinária do Comité Central do partido, a ter lugar na Escola Central da FRELIMO, na Matola, arredores de Maputo, mas sem adiantar a agenda do encontro.

Moçambique vive desde outubro um clima de forte agitação social, com manifestações e paralisações convocadas pelo ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane, que rejeita os resultados eleitorais de 09 de outubro, que deram vitória a Daniel Chapo.

Atualmente, os protestos, agora em pequena escala, têm estado a ocorrer em diferentes pontos do país e, além da contestação aos resultados, os populares queixam-se do aumento do custo de vida e de outros problemas sociais.

Desde outubro, pelo menos 353 pessoas morreram, incluindo cerca de duas dezenas de menores, e cerca de 3.500 ficaram feridas durante os protestos, de acordo com a plataforma eleitoral Decide, organização não-governamental que acompanha os processos eleitorais.

O Governo moçambicano confirmou pelo menos 80 óbitos, além da destruição de 1.677 estabelecimentos comerciais, 177 escolas e 23 unidades sanitárias, durante as manifestações.

 

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Lusa Agência de notícias
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