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FMI pede "consolidação orçamental imediata" em Moçambique

30 de agosto de 2025

O FMI defendeu uma "consolidação orçamental imediata" em Moçambique para garantir a estabilidade macroeconómica. As discussões sobre novo programa de ajustamento financeiro vão continuar "nos próximos meses", garante.

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Maputo, Moçambique
As discussões sobre novo programa de ajustamento financeiro vão continuar "nos próximos meses", diz o FMIFoto: Roberto Paquete/DW

"É necessária uma consolidação orçamental imediata para restaurar a sustentabilidade orçamental, reduzir as necessidades de financiamento e colocar a dívida numa trajetória clara de redução, para diminuir as vulnerabilidades da dívida, ao mesmo tempo em que se cria espaço orçamental para apoiar o desenvolvimento e proteger os mais vulneráveis", lê-se no comunicado de imprensa do  Fundo Monetário Internacional (FMI).

Divulgado depois da visita da equipa do Fundo, entre 21 e 29 de agosto, a Maputo, o comunicado aponta que "face aos desequilíbrios externos e orçamentais, a equipa do FMI recomendou que as autoridades tomem medidas decisivas para restaurar a estabilidade macroeconómica, melhorar as perspetivas de crescimento da economia, facilitar a criação de empregos e reduzir a pobreza".

No texto divulgado na sexta-feira (29.08), em Maputo, a equipa do FMI diz que discutiu com o governo "os desafios macroeconómicos, as perspetivas para a balança de pagamentos e as necessidades de financiamento previstas" e acrescenta que "as discussões sobre estes temas e as possíveis opções de apoio do Fundo foram frutíferas e continuarão nos próximos meses".

O FMI prevê que Moçambique cresça 2,5%, essencialmente à custo de uma recuperação do setor dos serviços no segundo semestre, que se segue a uma "desaceleração acentuada entre outubro de 2024 e março de 2025" devido à violência que desceu sobre o país no seguimento das eleições presidenciais.

O Fundo nota ainda que há "sinais emergentes de um aumento do interesse dos investidores estrangeiros numa ampla gama de setores", e por isso conclui que "é essencial abordar os desequilíbrios macroeconómicos para libertar todo o potencial do investimento direto estrangeiro e manter a confiança dos investidores".

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Lusa Agência de notícias