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TerrorismoNigéria

Exército da Nigéria mata mais de 60 'jihadistas'

31 de maio de 2025

O exército nigeriano matou mais de 60 jihadistas, incluindo líderes do Boko Haram e do ISWAP, em operações no estado de Borno, no nordeste da Nigéria, reforçando o combate ao terrorismo na região.

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Soldado nigeriano numa foto de junho de 2021
Os militares nigerianos disseram que abateram vários especialistas em explosivos durante as ações antiterrorismoFoto: Olukayode Jaiyeola/NurPhoto/picture alliance

O exército nigeriano matou mais de 60 'jihadistas' em várias operações antiterrorismo no estado de Borno, no nordeste do país, noticiou hoje a imprensa local.

A lista de mortos na operação inclui um líder ligado ao Boko Haram e à ramificação do grupo, o Estado Islâmico da Província da África Ocidental (ISWAP, na sigla em inglês), disse o exército num comunicado.

As tropas da Operação Hadin Kai, lançada em 2021 contra os grupos que defendem a 'jihad' (guerra santa), realizaram "um ataque terrestre e aéreo simultâneo às posições terroristas em Bita, estado de Borno" na sexta-feira (30.05).

"A intensa batalha resultou na neutralização de pelo menos 60 terroristas", disse o exército no comunicado, sem fornecer mais detalhes, segundo a agência de notícias espanhola EFE.

Numa operação separada, as forças especiais da Operação Hadin Kai efetuaram um "ataque de precisão" na sexta-feira contra um reduto-chave do Boko Haram/ISWAP no eixo Kukawa do norte de Borno.

"A operação, baseada em informações credíveis, tinha como objetivo neutralizar Amir Abu Fatima, um conhecido comandante terrorista, cuja cabeça é recompensada com 100 milhões de nairas [pouco mais de 55.500 euros]", declarou o exército.

Os militares nigerianos disseram que abateram Abu Fatima, o seu adjunto, vários especialistas em explosivos e outros elementos do grupo durante uma "intensa troca de tiros".

A missão foi concluída sem baixas para o exército, que disse também ter recuperado várias espingardas AK-47, carregadores, diversas munições e material para o fabrico de engenhos explosivos.

"Esta operação constitui um golpe importante para a liderança terrorista na região e reforça o compromisso declarado das Forças Armadas nigerianas com a restauração da paz no nordeste", acrescentou o exército. 

O nordeste da Nigéria tem sofrido ataques do Boko Haram desde 2009, violência que se intensificou a partir de 2016 com o surgimento do grupo dissidente, o ISWAP.

Ambos os grupos procuram impor um estado islâmico na Nigéria, um país com uma maioria muçulmana no norte e predominantemente cristã no sul.

O Boko Haram e o ISWAP já mataram mais de 35 mil pessoas e provocaram cerca de 2,7 milhões de deslocados internos, principalmente na Nigéria, mas também em países vizinhos como Camarões, Chade e Níger, segundo dados do governo e da ONU.

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Lusa Agência de notícias