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Ex-primeiro-ministro do Chade arrisca 25 anos de prisão

9 de agosto de 2025

O procurador-geral do Chade pediu 25 anos de prisão para o ex-primeiro-ministro Succès Masra, acusado de incitamento ao ódio e cumplicidade em homicídios, no julgamento ligado a um massacre em maio.

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Succès Masra, numa foto de april de 2021 para a DW
Succès Masra, originário do sul do país, pertence à etnia ngambaye e que tem uma grande popularidade entre as populações do sulFoto: Blaise Dariustone/DW

O procurador-geral do Chade pediu hoje 25 anos de prisão para o ex-primeiro-ministro do Chade Succès Masra, no terceiro dia do julgamento, por incitamento ao ódio e cumplicidade em homicídios.

"Como a pena de prisão perpétua está excluída, pedimos 25 anos de prisão para Masra e os seus co-réus", declarou o procurador-geral em Ndjamena, capital do Chade. 

Este julgamento tem duas partes: a de cerca de 70 homens acusados de participar num massacre sangrento em 14 de maio e a de Succès Masra.

O ex-primeiro-ministro, líder do partido da oposição 'Les Transformateurs', detido a 16 de maio, é julgado por "incitamento ao ódio, à revolta, constituição e cumplicidade de grupos armados, cumplicidade em homicídio, fogo posto e profanação de sepulturas".

A 14 de maio, 42 pessoas, na maioria mulheres e crianças, foram mortas em Mandakao, sudoeste do Chade, segundo a Justiça chadiana, que acusa Masra de provocar este massacre.

Uma mensagem de áudio, datada de 2023, foi apresentada para incriminar Succès Masra. 

Os advogados de Succès Masra afirmaram na terça-feira que nenhuma prova tangível foi apresentada ao tribunal desde o início do julgamento na quarta-feira, acrescentando que estão "à procura de uma ligação que possa relacionar os acusados na cena do crime", continuando sem respostas. 

Succès Masra, originário do sul do país, pertence à etnia ngambaye e que tem uma grande popularidade entre as populações do sul, muitas cristãs e animistas, que se consideram frequentemente marginalizadas pelo regime de NDjamena, maioritariamente muçulmano.

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Lusa Agência de notícias
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