EUA e China suspendem tarifas durante 90 dias
12 de maio de 2025Os Estados Unidos e a China concordaram em reduzir significativamente as tarifas nos próximos 90 dias. A medida surge depois de o Presidente Donald Trump ter sinalizado que as conversações comerciais com Pequim estavam a correr bem durante o fim de semana.
"Chegámos a um acordo sobre uma pausa de 90 dias", disse aos jornalistas o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, acrescentando que "ambas as partes vão reduzir as suas tarifas" em 115%.
"Ambos temos interesse num comércio equilibrado e os EUA vão continuar a avançar nesse sentido", acrescentou Bessent.
Pequim, por seu lado, anunciou "progressos substanciais” nas conversações comerciais com Washington.
As duas partes concordam em suspender as sobretaxas de 115 pontos percentuais que tinham imposto uma à outra nas últimas semanas.
A suspensão vai entrar em vigor formalmente na quarta-feira (14.05), anunciaram os representantes das duas maiores potências económicas do mundo numa declaração conjunta divulgada hoje, após dois dias de negociações à porta fechada em Genebra, na Suíça.
Chian e EUA concordaram igualmente em estabelecer um mecanismo para prosseguir as discussões sobre as relações comerciais e económicas.
Porque é que os EUA impuseram tarifas à China?
As tarifas lançadas por Trump contra Pequim levaram a China a retaliar, resultando em grandes aumentos de preços de produtos básicos em todos os EUA.
A notícia fez com que o dólar americano, que caiu significativamente desde que Donald Trump iniciou o seu segundo mandato em janeiro, recuperasse um pouco em relação ao iene e ao euro.
Apesar dos avisos dos economistas sobre o efeito que o aumento das tarifas teria para o cidadão comum norte-americano, o Presidente dos EUA avançou com a sua guerra comercial.
Visando rivais como a China e aliados, os direitos aduaneiros causaram perdas de milhares de milhões de dólares à economia dos EUA e fizeram disparar os mercados bolsistas.
O anúncio da "trégua" trouxe algum alívio aos mercados financeiros, com a bolsa da Região Administrativa Especial de Hong Kong a subir mais de 3% nos minutos que se seguiram à publicação da declaração conjunta.