"Está na hora de acabar com a guerra", diz Zelensky
15 de agosto de 2025A poucas horas da cimeira em Anchorage, no Alasca, entre os presidentes Donald Trump e Vladimir Putin, o chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelensky, lançou um apelo nas redes sociais: "Está na hora de acabar com a guerra", escreveu.
"Os passos necessários devem ser dados pela Rússia. Contamos com os Estados Unidos", afirmou Zelensky.
Donald Trump partiu ao início da tarde rumo à base militar Elmendorf-Richardson, na cidade de Anchorage, onde decorrerá o encontro com Putin para discutir uma trégua na Ucrânia. A sua comitiva inclui, entre outras figuras, o secretário de Estado, Marco Rubio; o secretário do Tesouro, Scott Bessent; o secretário do Comércio, Howard Lutnick; o diretor da CIA, John Ratcliffe; e a chefe de gabinete, Susie Wiles.
"Muito está em jogo", afirmou Donald Trump antes de embarcar para o Alasca. "Não estou aqui para negociar em nome da Ucrânia. Estou aqui para fazer com que eles se sentem à mesa", frisou.
Questões territoriais serão faladas
O Presidente norte-americano reconheceu que planeia discutir questões territoriais com o seu homólogo russo, mas garantiu que não será tomada qualquer decisão nesse âmbito.
"Tenho de deixar que a Ucrânia tome essa decisão, e acredito que tomarão a decisão certa, mas não estou aqui para negociar em nome da Ucrânia", disse Trump, refutando os receios dos aliados europeus de Kiev e reiterando o desejo de um encontro "muito em breve" entre Putin e Zelensky.
Volodymyr Zelensky insistiu hoje no seu apelo para alcançar uma "paz justa". Já o chanceler alemão, Friedrich Merz, destacou em comunicado que a cimeira no Alasca representa uma oportunidade única para dar um "grande salto rumo à paz" na Ucrânia.
"Temos argumentos", afirma Moscovo
Caso a cimeira não traga resultados, Donald Trump continua a considerar a imposição de novas sanções económicas. Mas o líder norte-americano mantém-se otimista: "Acho que algo vai sair desta reunião [com Putin]. Notei que ele está a trazer muitos empresários da Rússia, e isso é bom. Gosto disso, porque eles querem fazer negócios, mas não faremos negócios até que resolvamos o pior."
Putin viaja ao Alasca acompanhado de três ministros, incluindo o chefe da diplomacia Sergei Lavrov, e dois assessores.
À chegada ao Alasca, Lavrov preferiu não se antecipar sobre o encontro: "Temos argumentos, uma posição clara e compreensível. Vamos apresentá-los", disse apenas.