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Chapo exige "gestão transparente" de recursos nas autarquias

14 de agosto de 2025

Presidente moçambicano diz querer "autarquias fortes" e financeiramente sustentáveis. Referindo-se aos protestos no país, disse que também cabe aos autarcas reforçar a sensibilização sobre "convivência pacífica".

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Daniel Chapo, Presidente de Moçambique
Referindo-se aos protestos no país, disse que também cabe aos autarcas reforçar a sensibilização sobre "convivência pacífica".Foto: Alfredo Zuniga/AFP

O Presidente moçambicano, Daniel Chapo, exigiu, esta quinta-feira (14.08), uma "gestão transparente" de recursos aos autarcas dos 65 municípios do país, considerando o processo importante para a boa governação e combate à corrupção em Moçambique.

"A transparência é extremamente importante, a integridade é extremamente importante, a boa governação, o combate à corrupção e, sobretudo, responsabilidade e competência na execução de recursos financeiros dos nossos parceiros", disse Daniel Chapo, durante a abertura da XIV.ª reunião nacional das autarquias locais, em Maputo.

O chefe de Estado moçambicano pediu também que as autarquias apostassem na inclusão social, empoderamento da juventude e das mulheres e na integração social das pessoas com deficiência, elementos que considera "pilares inegociáveis" da ação municipal para o desenvolvimento do país.

No evento, que decorreu sob o lema "Por um Desenvolvimento Autárquico Sustentável, Inclusivo e Resiliente", Chapo referiu ainda ser fundamental que os autarcas explorem mais as potencialidades locais e as parcerias internas e externas para "acelerarem" o desenvolvimento das cidades e vilas, reconhecendo também desafios que exigem "criatividade e resiliência".

"Persistem desafios", diz Chapo

"Temos consciência de que, apesar dos avanços, ainda persistem desafios que exigem de todos nós maior criatividade localmente, resiliência institucional e compromisso com os princípios do Estado de direito democrático e com as promessas feitas junto dos munícipes, durante a campanha eleitoral", referiu o chefe de Estado, que apontou também a dificuldades no acesso equitativo às infraestruturas e serviços básicos, bem como na capacidade técnica e institucional das autarquias locais.

Protestos em Maputo, Moçambique 2025
Daniel Chapo diz que ainda se fazem sentir no tecido económico e social do país as consequências dos protestosFoto: Amilton Neves/AFP/Getty Images

Impacto dos protestos

Segundo o Presidente, a reunião das autarquias decorre num momento em que os "impactos negativos das manifestações violentas, criminosas e ilegais", que marcaram o período pós-eleitoral, ainda se fazem sentir no tecido económico e social do país, considerando que a situação contribuiu para a "redução da capacidade de resposta" na prestação dos serviços municipais, exigindo restauração de confiança da população.

"É fundamental que os autarcas, que mereceram a confiança da população, tanto nos órgãos executivos como nas assembleias municipais, redobrem as ações de educação e consciencialização dos munícipes para a boa convivência pacífica e que não volte a acontecer o que aconteceu", declarou Daniel Chapo.

O chefe de Estado de Moçambique disse ainda querer "autarquias fortes", financeiramente sustentáveis, tecnologicamente inovadoras e orientadas para resultados perspetivados nos objetivos do Governo moçambicano.

"[Queremos] Autarquias que sejam verdadeiramente polos de desenvolvimento económico local, capazes de atrair investimentos nacionais e estrangeiros, gerar emprego para a juventude e as mulheres e melhorar a qualidade de vida dos seus munícipes", concluiu o Presidente de Moçambique.

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Lusa Agência de notícias