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Chefe da NATO ameaça Putin se este atacar a Polónia

26 de março de 2025

O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, advertiu hoje o Presidente russo, Vladimir Putin, de que a resposta da aliança de defesa ocidental a um ataque à Polónia ou a qualquer outro aliado será devastadora.

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Varsóvia Polónia 2025 | Secretário-geral da NATO, Mark Rutte, em conferência de imprensa
Foto: Andrzej Iwanczuk/NurPhoto/picture alliance

O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, ameaçou em Varsóvia, ao lado do primeiro-ministro polaco, Donald Tusk: "Se alguém cometer um erro e pensar que pode escapar com um ataque à Polónia ou a qualquer outro aliado, será confrontado com toda a força desta aliança feroz".

Numa declaração aos jornalistas durante a visita que está a efetuar à Polónia, Rutte insistiu que a reação NATO "será devastadora" se for atacada e fez questão de mencionar o nome do Presidente da Rússia.

"Isto tem de ser muito claro para Vladimir Vladimirovich Putin e para qualquer pessoa que nos queira atacar", afirmou, segundo as agências espanhola Europa Press e francesa AFP.

Rutte afirmou que os aliados não devem esquecer que "a Rússia é a ameaça mais importante e mais séria" para a NATO.

 "Não esqueçamos que a Rússia está a caminhar para uma economia de guerra e isso terá um grande impacto na capacidade de desenvolver as suas forças armadas", disse, segundo a agência espanhola EFE.

Encontro entre Putin e Lukaschenko em Kremlin
Vladimir Putin, Presidente da RússiaFoto: Maxim Shemetov/AFP

Relevância da Polónia

Rutte destacou o papel da liderança da Polónia na defesa do flanco oriental da NATO, a Organização do Tratado do Atlântico Norte. "A Polónia é um contribuinte vital para a defesa coletiva da NATO", afirmou.

O número um da NATO salientou as despesas de defesa das autoridades polacas, que este ano dedicarão 4,7% do Produto Interno Bruto (PIB) ao reforço das capacidades militares e de segurança.

Tusk disse que no meio das negociações russo-americanas sobre a guerra na Ucrânia, em que os parceiros europeus foram postos de lado, a NATO enfrenta cenários "não 100% escritos" pela organização.

Por isso, insistiu que o artigo 5.º da Aliança Atlântica "continua em vigor". "Esta confirmação é algo muito importante aqui em Varsóvia, especialmente numa altura em que há tantas interpretações, instabilidade e em que a geopolítica está a mudar diante dos nossos olhos", afirmou o líder polaco.

Sobre a questão, Rutte disse que conta com o compromisso do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para com uma "NATO forte".

 "Mas ele [Trump] também deixou claro que a Europa deve dar um passo em frente e a Polónia está a dar um passo em frente", acrescentou.

Secretário-geral da NATO, Mark Rutte (esq.), e Donald Tusk, primeiro-ministro da Polónia, em conferência de imprensa em Varsóvia
Secretário-geral da NATO, Mark Rutte (esq.), e Donald Tusk, primeiro-ministro da Polónia, em conferência de imprensa em VarsóviaFoto: Aleksander Kalka/NurPhoto/picture alliance

NATO e tratados

O artigo 5.º do tratado da Aliança Atlântica de 1949 estabelece que um ataque contra um dos países membros é considerado um ataque a toda a NATO e pode resultar numa resposta individual ou coletiva no exercício do direito de legítima defesa.

O artigo em causa foi acionado uma vez, em 2001, pelos Estados Unidos, na sequência dos ataques terroristas do 11 de setembro.

Antes da invasão, Putin exigiu garantias em forma de tratados de que a Ucrâniae a Geórgia nunca fariam parte da NATO e que os aliados recuariam para as posições anteriores ao alargamento a Leste.

 Desde a dissolução da União Soviética, em 1991, a NATO acolheu alguns dos países ou novos Estados que faziam parte da esfera de Moscovo, como a República Checa, a Hungria e a Polónia, em 1999.

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Lusa Agência de notícias
AFP Agência de notícias
EFE Agência de notícias