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Chapo pede "estratégias" para fortalecer FRELIMO

31 de maio de 2025

O presidente moçambicano, Daniel Chapo, afirmou que as eleições "já passaram" e apelou à definição de estratégias para fortalecer a ação política da FRELIMO, visando as vitórias de 2028 e 2029.

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Daniel Chapo, numa foto de fevereiro de 2025
Em 23 de março, Daniel Chapo encontrou-se com Venâncio Mondlane pela primeira vez e assumiram o compromisso de acabar com a violência no paísFoto: DW

O presidente da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), e chefe de Estado, Daniel Chapo, garantiu que para o partido as últimas eleições "já passaram" e pediu a definição de estratégias para "fortalecer a ação política".

"Porque, na FRELIMO, as eleições de 2023 [autárquicas] e 2024 [gerais] já passaram e nós estamos a olhar para a frente", disse Daniel Chapo ao intervir na reunião ordinária do comité nacional da Associação dos Combatentes de Luta de Libertação Nacional (ACLLN), a estrutura dos veteranos da Frelimo, que arrancou este sábado (31.05) na Matola, arredores de Maputo.

"Por isso, esta terceira sessão do comité nacional da ACLLN deve ser um momento de debate e reflexão profunda e franca sobre as novas estratégias que a Frelimo deve adotar para fortalecer a ação política, de modo a permitir uma governação mais dinâmica e orientada aos resultados em benefício do povo moçambicano", considerou ainda Chapo, que foi eleito em outubro quinto Presidente de Moçambique, empossado em janeiro, ascendendo no mês seguinte à liderança do partido no poder no país desde 1975.

O chefe de Estado defendeu que nestes dois dias da reunião da estrutura dos veteranos da FRELIMO será possível analisar a vida da ACLLN, mas também "do partido e do país, bem como perspetivar ações para a conquista das próximas vitórias". 

"Igualmente, iremos eleger o novo secretariado do comité nacional como parte da preparação e organização da nossa vitória nas eleições de 2028 e 2029", apontou, sobre os próximos processos eleitorais no país. 

Ainda assim, o também chefe de Estado voltou a referir-se aos quase cinco meses de agitação social pós-eleitoral no país, que desde outubro provocaram cerca de 400 mortos em confrontos com a polícia, além de saques, barricadas, protestos e destruição de património público e privado, "numa altura em que o país se recupera paulatinamente da instabilidade criada pelas manifestações violentas, ilegais e criminosas".

"Mostraram a nova forma de atuação dos inimigos do povo moçambicano, tendo causado luto e sofrimento nas famílias, destruição do património público e privado e instalação de um clima de desordem e terror, bem como o desrespeito para com as instituições e pelos direitos humanos", disse. 

"Ficou claro que as manifestações não tinham como causa os resultados eleitorais, pois a vitória da FRELIMO , e do seu candidato presidencial, foi clara e os jornalistas e todos os partidos concorrentes conseguiram perceber que esta é a única verdadeira verdade eleitoral", acusou o Presidente.

Em 23 de março, Daniel Chapo e Venâncio Mondlane, candidato presidencial que não reconhece os resultados das eleições gerais de outubro e que convocou os protestos pós-eleitorais, encontraram-se pela primeira vez e assumiram o compromisso de acabar com a violência, tendo voltado a reunir-se em 21 de maio com uma agenda para pacificar o país.

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