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Daniel Chapo agradece a Trump financiamento a projeto de gás

20 de março de 2025

O Presidente de Moçambique agradeceu ao seu homólogo norte-americano, Donald Trump, a aprovação de financiamento de 4,3 mil milhões de euros para um projeto de gás natural, que deverá criar 20 mil empregos nos EUA.

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Um polícia ruandês (à direita) e um soldado ruandês vigiam o projeto de gás em Afungi, na província de Cabo Delgado
O projeto de gás natural liquefeito da TotalEnergies está suspenso desde 2021, devido aos ataques terroristas em Cabo DelgadoFoto: Camille Laffont/AFP/Getty Images

"O vosso apoio desempenha um papel crucial no avanço deste projeto crucial. O projeto Moçambique LNG [sigla em inglês de Gás Natural Liquefeito] tem o potencial de gerar 13 milhões de toneladas de LNG por ano, criar 40 mil novos empregos, incluindo aproximadamente 20 mil nos EUA", lê-se na mensagem enviada por Daniel Chapo a Donald Trump e divulgada hoje pela Presidência moçambicana.

"Este apoio permite a participação de empresas norte-americanas em Moçambique e contribui para a segurança energética global, no quadro de uma parceria sólida entre os nossos dois países", acrescenta a missiva, a propósito da aprovação de um financiamento para o projeto de LNG pelo banco Exim dos Estados Unidos.

Daniel Chapo sublinha que o projeto, avaliado em 15 mil milhões de dólares (13,7 mil milhões de euros), representa também "um compromisso com a proteção dos recursos naturais da África austral e oriental".

"Ao promover o desenvolvimento responsável, estamos a garantir que esses recursos beneficiem tanto a população local quanto os nossos parceiros globais", sublinhou Chapo.

"Um passo crítico"

A petrolífera TotalEnergies afirmou esta semana que o financiamento para retomar o megaprojeto de exploração de gás natural em Cabo Delgado, norte de Moçambique, está quase fechado, depois do aval do Exim.

"Estamos ainda numa situação de força maior, o projeto não reiniciou ainda, mas um dos passos críticos era a decisão do Exim Bank, que reconfirmou, reafirmou, o seu suporte para o financiamento global do projeto. É um financiamento muito importante, é um passo crítico", afirmou o diretor da TotalEnergies para Moçambique, Maxime Rabilloud.

Moçambique: Treinar mão-de-obra local para exploração de gás

O responsável reagia à reconfirmação, em 13 de março, pela administração do Banco de Exportação e Importação dos Estados Unidos da América (Exim Bank) do financiamento de 4,7 mil milhões de dólares (4,3 mil milhões de euros) para o projeto em Moçambique.

A TotalEnergies, líder do consórcio da Área 1, tem em curso o desenvolvimento da construção de uma central, em Afungi, nas proximidades de Palma, na província de Cabo Delgado, para produção e exportação de gás natural.

Projeto suspenso desde 2021

O projeto de Gás Natural Liquefeito da TotalEnergies, um dos três em desenvolvimento em Moçambique, está suspenso desde 2021, devido aos ataques terroristas em Cabo Delgado, que levou a petrolífera a invocar a cláusula de força maior e a retirar todo o pessoal do estaleiro de obras.

Tal obrigou o consórcio de bancos financiadores a reconfirmarem o financiamento previamente aprovado, estando a retoma do projeto também condicionada ao restabelecimento da segurança, que conta naquela área com o apoio das forças armadas do Ruanda.

Maxime Rabilloud recordou que o financiamento global para o projeto, com vários bancos e agências de crédito internacionais, é de 15 mil milhões de dólares. Além do Exim Bank norte-americano, disse, os bancos asiáticos do consórcio financiador já tinham reconfirmado igualmente um financiamento de cerca de cinco mil milhões de dólares (4,5 mil milhões de euros), estando apenas pendente a reconfirmação do financiamento de bancos europeus.

Desde outubro de 2017 que Cabo Delgado, rica em gás, enfrenta uma rebelião armada, que provocou milhares de mortos e uma crise humanitária, com mais de um milhão de pessoas deslocadas.

  

Lusa Agência de notícias