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CDD contra portagens que "visam saquear o bolso do cidadão"

17 de janeiro de 2022

Centro para Democracia e Desenvolvimento defende a revogação da concessão da Estrada Circular de Maputo, onde estão a ser instaladas portagens, porque "não observou princípios essenciais da administração pública".

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Foto ilustrativa
Foto ilustrativaFoto: Johannes Beck

"Urge uma campanha pública para que o Governo revogue imediatamente o decreto através do qual foi concessionada a Estrada Circular de Maputo e o contrato de concessão da mesma", referiu o Centro para Democracia e Desenvolvimento (CDD) numa nota enviada à comunicação social.

A organização não-governamental (ONG) moçambicana considera que o processo de concessão da estrada e o respetivo contrato não observaram "princípios essenciais da atuação da administração pública", no que respeita à legalidade, participação pública e transparência.

Segundo a ONG, o processo não foi do domínio público, nem contou com a participação dos moçambicanos ou de entidades da sociedade civil, o que impediu a "devida fiscalização".

Critérios "não são claros"

Na Estrada Circular de Maputo, concessionada à Rede Viária de Moçambique (Revimo), decorrem obras de construção de quatro portagens, uma decisão contestada pelo CDD, que considera que os critérios para a instalação das portagens "não são claros e não estão em conformidade com os objetivos fundamentais do Estado".

"O processo de concessão põe em causa as condições de vida dos cidadãos e viola os seus direitos à justiça social e ao desenvolvimento. Os postos de portagens visam saquear o bolso do cidadão", frisou.

A ONG questiona os interesses da empresa concessionária Revimo, referindo que o povo "desconhece a sua estrutura organizacional e as circunstâncias em que foi criada".

A Estrada Circular de Maputo, maior rodovia da capital moçambicana, começou a ser construída em 2012 e a infraestrutura compreende um troço de cerca de 70 quilómetros e seis pontes, num projeto com o custo de mais de 300 milhões de dólares (262,5 milhões de euros no câmbio atual), desembolsados pelo Exim Bank da China.

Uma alternativa aos transportes públicos em Maputo

Lusa Agência de notícias