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Burkina Faso: Área diplomática da capital é alvo de ataques

AFP | AP | Reuters | DPA | tms
2 de março de 2018

Um grupo de homens armados não identificados atacou a Embaixada de França, um centro cultural francês e a sede militar do país. Área do ataque também abriga os escritórios do primeiro-ministro e da ONU.

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Zona atacada na capital Ouagadougou Foto: Getty Images/AFP/A. Ouoba

O centro da capital do Burkina Faso, Ouagadougou, foi alvo de vários ataques, esta sexta-feira (02.03). Os alvos foram a Embaixada de França, um centro cultural francês e a sede militar do país, segundo informou a agência de notícias AFP. Ainda não há informação sobre feridos.

O diretor da polícia, Jean Bosco Kienou, afirmou à Associated Press que os ataques foram supostamente protagonizados por extremistas islâmicos.

Testemunhas disseram que cinco homens armados saíram de um carro e abriram fogo contra os transeuntes antes de dirigir-se para a embaixada, no centro da cidade.

Um repórter da AFP ouviu fortes trocas de tiro e viu um veículo em alta velocidade, que testemunhas dizem ser o carro usado pelos assaltantes. Após os ataques, unidades da polícia e do Exército cercaram a área.

Burkina Faso Ouagadougou Explosionen
Após os ataques, a polícia e o Exército cercaram o centro diplomático de Ouagadougou Foto: Getty Images/AFP/A. Ouoba

Outras testemunhas disseram que houve uma explosão perto da sede das Forças Armadas do país e do centro cultural francês, que estão localizados a cerca de um quilômetro do meio do primeiro ataque.

A embaixada francesa confirmou que os incidentes. "Ataque em curso na Embaixada de França e no Instituto Francês. Fique em casa", alertou uma mensagem publicada na página oficial da representação diplomática no Facebook.

Ataques

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Exército nas ruas de Ouagadougou, em 2017Foto: Getty Images/I. Sanogo

O Burkina Faso é um dos países da África Subsaariana onde atuam grupos jihadistas. A insurgência já causou milhares de mortes, levou dezenas de milhares a fugir de suas casas e prejudicaram ainda mais a economia.

No dia 13 de agosto do ano passado, dois atacantes abriram fogo num restaurante na avenida principal de Ouagadougou, matando 19 pessoas e ferindo 21. O ataque até hoje não foi reivindicado.

Em 15 de janeiro de 2016, 30 pessoas, incluindo seis canadenses e cinco europeus, morreram num outro ataque jihadista num hotel e restaurante no centro da cidade. A autoria foi reivindicada por um grupo chamado Al-Qaeda no Magrebe islâmico, que é conhecido pelo acrônimo francês da AQMI.

Combate contra os grupos jihadistas

Burkina Faso: Área diplomática da capital é alvo de ataques

A França, o antigo poder colonial na região do Sahel, enviou quatro mil soldados e apoia uma força conjunta de cinco países que reúne o Burkina Faso, Chade, Mali, Mauritânia e Níger.

As Nações Unidas também têm uma força de paz de 12 mil homens no Mali chamada MINUSMA, que já sofreu grandes baixas. Na quarta-feira passada (28.02), quatro soldados da paz da ONU foram mortos por uma explosão de minas no centro do país.

 

AFP Agência de notícias
AP Agência de notícias
Reuters Agência de notícias