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Angola: MUDEI mantém marcha em Cabinda apesar de avisos

1 de agosto de 2025

O movimento cívico MUDEI reitera a intenção de realizar, este sábado, uma marcha em Cabinda contra o fim da subvenção dos transportes aéreos e a subida a 100% do preço dos transportes marítimos.

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Luanda, julho de 2025 | Manifestantes com cartazes contra o aumento dos custos dos combustíveis e dos transportes
A marcha contra alterações na subvenção dos transportes aéreos deve decorrer amanhã em Cabinda Foto: Julio Pacheco Ntela/AFP

O Presidente angolano determinou, em junho passado, o fim do regime de atribuição do subsídio à tarifa área na rota Luanda-Cabinda, uma medida, segundo o decreto presidencial, que visa manter o equilíbrio entre a promoção da conectividade e a coesão territorial.

Os ativistas do MUDEI recordam que "Cabinda é um arquipélago que se conecta com o restante do país essencialmente por essas vias".

Marcha desafia proibição governamental

 Nesse sentido, marcaram a marcha de protesto para este sábado (02.08) e comunicaram ao Governo e à polícia esta decisão.

"O Governo respondeu à carta dizendo que não haveria essa retirada de subvenção e, não tendo fundamento para a marcha, se os manifestantes optassem por marchar ainda assim, estariam a incorrer ao crime de desobediência", lê-se num comunicado que o MUDEI publicou nas redes sociais do movimento.

Para o MUDEI, "o que o Governo provincial parece não saber é que não compete a ele legitimar o fundamento da marcha, mas sim garantir que ela ocorra sem sobressaltos".

Como o Governo não respondeu dentro das 24 horas após a entrada da carta e a lei diz que, quando a resposta não vem neste prazo, subentende-se que não há qualquer objeção, os promotores da marcha mantêm a intenção de a realizar.

Luanda 2025 | Saques durante greve geral no setor dos táxis devido ao aumento dos preços dos combustíveis
Tumultos durante manifestações em Angola, esta semana, causaram pelo menos 30 mortos, de acordo com dados oficiaisFoto: AFP

Falta de apoio estatal isola Cabinda

O Governo angolano disse a 7 de julho que não houve remoção dos subsídios estatais na ligação aérea Luanda-Cabinda e vice-versa, mas apenas foi alterado o regulamento que se traduzirá numa nova tarifa.

Dada a descontinuidade geográfica da província de Cabinda com os restantes pontos do país, a mobilidade dos cidadãos para a província e vice-versa tem sido alvo de queixas, sobretudo nas ligações áreas, muitas vezes marcadas pela suspensão e atrasos nos voos, o que tem gerado críticas.

O valor médio de uma viagem de ida e volta para Cabinda ronda os 320 euros.

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Lusa Agência de notícias