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Alberto Ferreira renuncia ao seu cargo no PODEMOS

7 de agosto de 2025

Quase dois meses depois da sua eleição ter sido confirmada pelo tribunal de Maputo, Alberto Ferreira renunciou hoje ao cargo de secretário-geral do maior partido da oposição em Moçambique. Alegou "motivos pessoais".

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Mozambique | Protest
Foto: Alfredo Zungia/AFP

"Por motivos pessoais mesmo, cheguei à conclusão de que devia renunciar. Depois daquela vitória através do tribunal, houve um silêncio [do partido]", disse à Lusa, esta quinta-feira (07.08), Alberto Ferreira, secretário-geral do PODEMOS, o maior partido da oposição em Moçambique.

Em 17 de junho, o tribunal judicial de KaMavota, na cidade de Maputo, julgou procedente o pedido do membro do Povo Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS) Alberto Ferreira de impedir a formação política de realizar uma segunda volta à eleição para secretário-geral, que afirmou ter vencido com 37% dos votos.

Os resultados do escrutínio, realizado em 24 e 25 de maio, durante o conselho central do partido, foram rejeitados pela comissão eleitoral, alegadamente porque o candidato não teve maioria absoluta, sugerindo-se, por isso, a realização de uma segunda volta.

Tribunal deu razão a Ferreira

Num despacho datado de 11 de junho, assinado pela juíza Céndia Tomás e que a Lusa teve acesso, o tribunal intimou o partido a abster-se de realizar uma segunda volta das eleições ao cargo de secretário-geral do partido ou "de qualquer ato que possa colocar em causa a eleição já consumada" até decisão definitiva do tribunal.

No documento que Alberto Ferreira submeteu, em 29 de maio, pedia a "suspensão imediata" de qualquer tentativa de convocar uma segunda volta às eleições, argumentando que é contra os estatutos e que atenta "gravemente contra a estabilidade institucional e democrática do partido".

Alberto Ferreira foi deputado pela bancada parlamentar da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) na legislatura passada, sendo agora membro do PODEMOS, partido que afirma ter fundado.

Nas eleições de 09 de outubro, o PODEMOS, que nunca teve um deputado no parlamento desde a sua criação, tornou-se o maior partido da oposição em Moçambique, tirando esse estatuto à Renamo, que se mantinha desde as primeiras eleições multipartidárias, em 1994.

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Lusa Agência de notícias